Quarta, 18 de Junho de 2025

omunicar com esperança em tempos de guerra

02 de Junho de 2025 omunicar com esperança em tempos de guerra

No contexto de uma Terra Santa dilacerada pela guerra, sofrimento e divisão, a mensagem do Papa Francisco para o 59º Dia Mundial das Comunicações Sociais — celebrado no dia 1º de junho, no domingo anterior à Solenidade de Pentecostes — ressoa como um apelo profético e urgente: “Compartilhem com mansidão a esperança que há em seus corações” (1Pd 3, 15-16). Não se trata apenas de uma orientação aos profissionais da mídia, mas de uma convocação a todos os cristãos para repensarem a forma como comunicam no mundo atual: nossas palavras constroem a paz ou apenas alimentam os conflitos?

Uma esperança que se comunica entre os ruídos da guerra



Na mensagem publicada em 24 de janeiro de 2025, o Papa convida os fiéis a se tornarem comunicadores de esperança, inspirando-se em Cristo, o “comunicador perfeito”. Adverte contra uma comunicação que gera medo, ódio ou desespero — uma retórica que desumaniza e agrava divisões.

Francisco recorda que a esperança é uma virtude silenciosa, mas perseverante, que precisa ser compartilhada com verdade, reverência e compaixão. Mais do que apenas informar, o cristão é chamado a comunicar com o coração e a alma.

De Emaús a Gaza: uma comunicação que ouve, caminha e transforma



O Papa propõe um modelo de comunicação cristã inspirado na cena bíblica dos discípulos de Emaús: Jesus ressuscitado caminha ao lado deles, escuta atentamente sua dor e, depois, reacende sua esperança. Essa comunicação começa com a escuta e se realiza no encontro.

A partir da Primeira Carta de Pedro, Francisco apresenta três marcas de uma comunicação autenticamente cristã:

- Escolher ver o bem mesmo quando tudo parece
- Estar pronto para testemunhar a esperança, que tem nome: Cristo;
- Falar com mansidão e respeito, sem agressividade ou medo.

Um estilo comunicativo que nasce do coração



O Papa sonha com uma comunicação que cura feridas em vez de reabri-las, que une em vez de polarizar. Uma comunicação que não transforma pessoas em rótulos ou ideologias, mas que reconhece e valoriza sua dignidade. Ele chama os comunicadores a se tornarem companheiros de viagem, semeando esperança em meio às adversidades, com palavras que acolhem, sustentam e curam.

Essa comunicação não nasce da reatividade, mas da misericórdia enraizada em Cristo. É um caminho de ternura, silêncio eloquente e testemunho fiel. Na Terra Santa, onde cada palavra tem peso e repercussão, o Papa lembra que uma única frase pode acender o ódio ou reacender a fé.

Cristãos da Terra Santa: vozes que importam



A todos os cristãos — jornalistas, jovens, religiosos, pais, estudantes — especialmente na Terra Santa, Francisco dirige um pedido: escolham o amor e comuniquem com esperança. Numa terra muitas vezes mergulhada na dor, ousar ser gentil é um ato revolucionário de fé. Suas vozes, mesmo frágeis, podem ser instrumentos de unidade.

O Papa nos convida a sermos narradores da esperança: com coragem, fidelidade e ternura, levando a luz de Cristo aos confins do mundo, a partir do coração ferido e sagrado da Terra Santa.

> “Compartilhem com mansidão a esperança que há em seus corações” — esse não é apenas o tema de uma celebração, mas um chamado à missão. Em tempos de escuridão, sejamos aqueles que, como Jesus, caminham com os que sofrem, ouvem com paciência e semeiam, com palavras e gestos, a esperança que não decepciona.

Fonte: Vatican News
https://www.vaticannews.v

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